O efeito borboleta propõem: “que o bater das
asas de uma borboleta num extremo do globo terrestre, pode provocar um furacão do
outro lado do mundo”. Imagine então, se as maiores empresas do mundo tivessem
sido compradas quando ainda eram pequenas startups de poucos milhões de dólares.
Será que suas compradoras manteriam seus projetos inovadores, os quais tanto
nos alegra? Como isso influiria em nossos hábitos, lazeres, na nossa vida num
todo? Talvez de forma nenhuma ou talvez já tivesse acontecido a Terceira Guerra
mundial, vai saber.
Yahoo e o Google
Você pode não se lembrar, porém, houve um momento obscuro na internet onde
não existiam os buscadores, afim de facilitar nossas pesquisas na “rede mundial
de computadores”. Era necessário digitar o endereço exato do site o qual você
desejava visitar, com todos os seus www e .com. Preocupados com isso dois
jovens estudantes da Universidade de Stanford (Jerry Yang e David Filo),
resolveram criar um banco de dados, onde começaram a catalogar os endereços de
diversos sites, era o Guia de Jerry e David para a World Wide Web. Esse projeto
viria se tornar, em janeiro de 1994, o Yahoo. O pequeno projeto dos jovens se
tornou uma das primeiras empresas bem-sucedidas da internet e dois anos após
sua fundação, o Yahoo teve seu capital aberto na bolsa, com uma avaliação de
mercado de US$ 848 milhões. Chegando ao seu pico de valor, por volta do ano
2000, a incríveis US$ 100 bilhões.
Porém, algumas decisões não muito acertadas, fizeram com que o Yahoo não se mantivesse como um dos gigantes da internet. No ano de 1997, os fundadores do Google ofereceram seu projeto de ferramenta de busca para a companhia por US$ 1 milhão, contudo foram recusados, sob a alegação de que o Google fazia os usuários ficarem muito pouco tempo na sua página, por conta do esquema de buscar e receber resultados. O Yahoo! ainda estava na era do índice, que pretendia fazer os visitantes ficarem navegando mais tempo na sua página antes de pularem para as outras. Atualmente a Alphabet Inc, conglomerado que possui diretamente várias empresas pertencentes ou vinculadas ao Google, incluindo o próprio Google, está avaliada em aproximadamente US$ 550 bilhões.
Yahoo e o Facebook
Você já ouviu falar que um raio não cai duas vezes no
mesmo lugar? Bom, aparentemente não é assim com o Yahoo. O gigante da internet
dos anos 2000 de Jerry Yang e David Filo teve a sua segunda chance e novamente
a deixaram passar.
No ano de 2006, após uma intensa negociação e
pressionado por seus investidores o jovem Mark Zuckerberg se viu obrigado a
vender seu projeto, desenvolvido ainda nos seus tempos de faculdade, para o
Yahoo. As tratativas chegaram a um valor
de interesse mutuo, cerca de US$ 1 bilhão, o qual selaria a negociação para a
compra do Facebook. Contundo, uma queda nas ações da rede social fez com que
Terry Semel, o então diretor executivo do Yahoo, recuasse um pouco nas
negociações e oferecesse um novo valor, algo entorno de US$ 850 milhões, o que não
agradou a Mark Zuckerberg, que acabou desistindo transação. Atualmente com cerca de 2 bilhões de usuários
o Facebook possui valor de mercado de aproximadamente US$ 500 bilhões.
Nintendo e o PlayStation
Sem palavras, foi assim que muitos ficaram com os gráficos do magnífico
PlayStation, a primeira geração de vídeo games da Sony que chegou para
substituir a geração de 16 bits. Porém, o que algumas pessoas não sabem é que o
aclamado console, o qual já se encontra na sua quarta geração, era para ser um
acessório do famoso Super Nintendo (SNES).
Afim de combater a Sega, sua grande concorrente no início dos anos 90
que acabara de lançar o Sega CD, a Nintendo contratou a Sony para criar algo
semelhante ao console da sua rival. Tratava-se de uma base que seria encaixada
no Super Nintendo, com capacidade de rodar CDs e trazer inúmeros benefícios ao
console. Porém, por questões políticas da empresa e principalmente pelo valor
do acessório, que superaria o preço do SNES, o acordo com a Sony foi cancelado
levando a Nintendo a seguir com outros projetos e cometer o maior erro da
história dos videogames. Para não acabar com o projeto do PlayStation, a Sony
que já havia gasto muito tempo e dinheiro decidiu lançar um console próprio,
com novas tecnologias que revolucionariam o mundo.
Vale lembrar que a segunda geração do console, o PlayStation 2, é
atualmente o videogame mais vendido da história, tendo sido comercializados
cerca de 154 milhões de unidades.
Blockbuster e a Netflix
Uma das maiores atividades vagabundísticas mais populares dos tempos
modernos é ficar horas a fio vendo a filmes e séries. E esse hobby só se tornou
possível na história da humanidade graças a criação das lojas de locação de
vídeo. Porém, soberanas nos anos 90, as locadoras passaram por uma das maiores
histórias de falta de adequação ao mercado, de todos os tempos. Contudo, das
inúmeras histórias de fracasso desse tipo de empresa, a da Blockbuster merece
uma atenção especial. Fundada em 1985 por David P. Cook a Blockbuster Video,
que futuramente viria se chamar Blockbuster Inc. foi a maior rede de locadoras de filmes e vídeo games no mundo. Um negócio
milionário, vendido em 1994 para a gigante estadunidense Viacom por US$ 8,4
bilhões. Uma empresa a qual em seu ápice chegou a ter 60 mil funcionários
espalhados por 9 mil lojas ao redor do mundo, pediu concordata no ano de 2010 e
teve a sua falência confirmada em 2013.
Um fato interessante que nem todos sabem é que a
Blockbuster Inc. teve a chance de comprar a NetFlix em 2000, quando a pequena
startup, de Reed Hastings e Marc Randolph, foi oferecida por US$ 50 milhões.
Vale ressaltar que na época a Netflix ainda não trabalhava com streaming. Porém,
seu modelo de negócio já era diferenciado: o usuário do serviço entraria no
site e selecionaria o título que desejava ver; o DVD era enviado pelos
correios; o assinante ficava com o disco por quanto tempo quisesse; e depois o
mesmo era retornado gratuitamente, também pelos correios. Contudo, a Blockbuster acreditava que o mercado online se
tratava de um nicho e que não renderia tanto dinheiro, devido a taxas de envio,
envelope e outros gastos.
A última tentativa de se reerguer da Blockbuster Inc. foi em 2011, quando tentou lançar um serviço de streaming, para infelicidade dela este “nicho” já tem sua rainha. E a pequena startup que valia US$ 50 milhões em 2000, hoje em dia tem cerca de 100 milhões de assinantes e valor superior aos US$ 70 bilhões.
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